quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Sobre a reforma constitucional na Venezuela.

Lula Lelé na defesa do tirano empanturrado

Concordo com Arnaldo Jabor, Hugo Chavez é mesmo um tirano fratulento, empanturrando de dólares do petróleo. O destino desses dólares, certamente é a compra de armas para suportar sua loucura expansionista.

Estudantes e empresários terão que trabalhar arduamente para conseguir expressar suas opiniões e fazer valer seus direitos contra a classe de corruptos prestes a decretar poder perpétuo.

Recentemente Hugo ameaçou confiscar tudo de um grupo de empresários que se opunha a reforma constitucional. (Vejam algumas imagens dos protetos por eles organizados contra a reforma constitucional.http://www.youtube.com/watch?v=HcjmVH1s9fY&feature=related)

Chaves merece muitos " cala boca" como o que recebeu do Rei Juan Carlos, da Espanha. No entanto nosso presidente Lula vive engolindo sapos de seu companheiro.

Acredito que os princípios básico da democracia como, liberdade de ir e vir, liberdade de impresa, etc..., devam ser respeitados acima de tudo, até mesmo acima da soberania das nações, pois a liberdade é um direito de todo ser humano.

O Lula comparou o Chaves com a Margath Thacher! Patético, o que está em pauta não é o direito do exercício de poder, mas sim a defesa dos princípios democráticos.

Assistam o video de sua entrevista:http://www.youtube.com/watch?v=ydn0IVCPhAc

Ignorância custa caro, muito cuidado é pouco.

Adriana A. M. Torres

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Sobre Alta do Petróleo

Petróleo em Alta

Segundo a Agencia Internacional de Energia (AIE), o petróleo foi cotado a U$88,60 o barril no dia 19 de outubro, o valor mais do que triplicou na comparação com o início de 2001, em que era cotado a U$27 o barril.

Em 2007, as cotações do petróleo subiram progressivamente, de janeiro a junho as cotações mantiveram-se nos patamares U$ 50 e U$ 60 o barril, em julho as cotações passaram para o patamar dos U$70 o barril e em setembro as cotações passaram para o patamar de U$80.

A iminência de um conflito geopolítico entre curdos e turcos no Iraque e a queda do dólar, podem ter influenciado de forma especulativa a alta do petróleo, no entanto, acredita-se que o principal fator responsável pela alta consistente do petróleo seja de cunho estrutural, o aumento sistemático da demanda acima da oferta.

Com a chegada do inverno o consumo de petróleo deve aumentar ainda mais, mantendo a tendência de alta. Se os preços subirem muito, a economia mundial, já abalada pela crise do mercado imobiliário nos Estado Unidos, poderá sofrer mais um baque.

Segundo o New York Times, os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, estão discutindo qual é a melhor estratégia para definir quando e como aumentar a produção para equilibrar oferta e demanda.

O desafio é aproveitar a alta de maneira responsável uma vez que a desaceleração da economia mundial também não lhes interessa ao diminuir a demanda. Mas também não vão querer cometer o mesmo erro cometido em 1997, quando o grupo aumentou a oferta em 2,5 milhões de barris por dia na iminência da crise asiática, causando um colapso nos preços de petróleo, que foram cotados a U$10 por barril.

Adriana Arruda de Moura Torres

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Sobre Investimentos e Política

RENAN VERSUS INVESTMENT GRADE (Grau de Investimento)


Qual a relação entre o julgamento do presidente do senado Renan Calheiros e o tão esperado Investment Grade? (Investment Grade é a nota dada a cada país pelas agências de classificação de risco de acordo com relações de dívida, PIB, fatores econômicos e macroeconômicos, etc.)

A princípio pode parecer que um julgamento político não influência as decisões das agências de classificação de risco ao dar ao Brasil esta nota, mas sim, influência e muito.

Durante a crise financeira resultante do mercado sub-prime de hipotecas americano, as agências de classificação de risco foram duramente criticadas por não terem avaliado corretamente, ou pelo menos com mais critérios, os “Commercial Papers” lastreados nestas hipotecas. Com isso, um novo momento se iniciou nos mercados financeiros de todo mundo, fazendo com que tenhamos uma rigidez maior ao se analisar qualquer tipo investimento. Mas e o Renan?

Analisemos da seguinte forma, sem ser repetitivo sobe a atual situação econômica do país, o Brasil já poderia ter sido classificado como “grau de investimento”. A situação política brasileira apresentava um cenário favorável graças ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso dos quarenta acusados do mensalão. O andamento do processo mostrou a nós brasileiros e aos investidores de olho no Brasil, que a impunidade poderia ter seus dias contados e com isto, o risco “político” Brasil poderias receber um “grau de investimento” de todos nós brasileiros e dos investidores. Mas então, chega o caso RENAN...

Todas as provas contra Renan ignoradas, sua decisão de não renunciar à presidência do senado e a mobilização da base aliada para que a impunidade brasileira continue, fez com que regredíssemos aos tempos antes das denúncias do mensalão, abalando nossas esperanças adquiridas no processo do STF e tornando o risco “político” Brasil ainda maior do que era antes.

As agências de classificação de risco não se atreverão a errar novamente, e dificilmente indicarão aos investidores que coloquem seus recursos em um país que dá um passo a frente e dois atrás. Logo, se há um ano atrás nos parecia que em dois anos teríamos o grau de investimento, agora só em 2009.

Henrique Novaes

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Sobre Etanol nos Estados Unidos

ETANOL NOS ESTADOS UNIDOS

Para nós brasileiros, pioneiros na produção de etanol da cana de açucar, é sempre importante prestar atenção em como os outros produtores de etanol no mundo estão se saindo. Então resolvi escrever um pouco sobre o Etanol nos Estados Unidos.

Um “boom” do etanol começou nos Estados Unidos quando o congresso americano tornou obrigatória a mistura de combustíveis renováveis na gasolina, gerando um consumo de 7,5 bilhões de galões até 2012.

De acordo com artigo do New York Times publicado no ultimo dia 30 de setembro, a perspectiva da demanda do produto desencadeou uma corrida por construção de destilarias, aumento do preço do milho e dos alimentos e a esperança de um novo futuro para o campo americano. Mas esse ritmo já começa a diminuir.

A demanda para 2012 já foi superada pela indústria produtora de etanol, que já apresenta capacidade de produção de 7,8 bilhões até o final de 2007 e espera-se produzir 11,5 bilhões de galões em 2009, por isso a indústria prevê uma desaceleração da produção a partir de agora.

O desafio agora é o escoamento, já que a criação de meios para escoar a produção não acompanhou o mesmo ritmo da construção das destilarias. Isso, em partes, influenciou a queda de preços no mercado spot do etanol, que já acumula queda de 30% desde maio.

O combustível não pode ser escoado através do sistema de dutos para combustível americano, uma vez que é corrosivo e absorve água e impurezas. Logo, é transportado via rede ferroviária, rodoviária ou hidroviária que além de serem mais caras não apresentavam estrutura suficiente. Os investimentos em transporte e distribuição estão acontecendo de maneira mais lenta e, portanto há um descompasso.

Especialistas dizem que o problema é temporário e a dificuldade em escoar o etanol dos Estados centrais para a costa americana, onde a demanda é maior, é uma questão de tempo.

Segundo, Neil E. Harl, professor de economia da universidade do Estado de Iowa, esse é um momento crítico para investidores. Mesmo com perspectivas de obtenção de suportes generosos por parte do governo americano, que tem interesse em manter o setor em crescimento, a expansão mal planejada da indústria levanta questões sobre a habilidade do setor em atender as expectativas do presidente de atenuar dependência americana por petróleo estrangeiro.

As destilarias construídas com subsídios e incentivos fiscais oferecidos pelo governo federal já estão em operação ou começarão a funcionar no final de 2008. Estão produzindo e colocando grande quantidade de etanol no mercado, o que acirra a concorrência ao oferecer melhores condições para os compradores negociarem preços ainda mais baixos.

Por enquanto, empresas americanas já abortaram planos de expansão e cancelaram construções de novas plantas. Se os preços continuarem a cair, a tendência é a consolidação ou concentração da indústria, com empresas menores saindo do mercado.

O etanol barato ajuda a reduzir o preço da gasolina na bomba onde há mistura. Mas o impacto é pequeno, pois a mistura ainda é de 10%. O congresso norte-americano pretende aumentar a porcentagem de biocombustíveis no futuro, mas ainda não se sabe quando. Se o aumento da mistura fosse aprovado, a demanda passaria para 36 bilhões de galões em 2022.

Talvez haveria uma retomada rápida do crescimento do setor a partir dai, o que incentivaria novos investimentos, pesquisa em etanol de fontes não alimentares, e persuadiria a indústria automobilística a produzir carros bicombústiveis.

Mas enquanto o “energy bill” não for aprovado os investimentos no setor tendem a desacelerar nos Estados Unidos.

Adriana Arruda de Moura Torres