terça-feira, 10 de junho de 2008

Negociando com os Gringos

Ultimamente tenho me interessado pelo desempenho de nossos representantes, principalmente no que diz respeito a defesa dos interesses brasileiros no comercio internacional. Quanto mais eu leio sobre esse assunto, mais aumenta minha impressão de que nossos negociadores precisam de uma estrégia mais acertiva.

Segundo o Itamaraty, as taxas de importação aplicadas pelos Estados Unidos ao etanol brasileiro variam entre 1,9% e 2,5% e além disso, há uma sobretaxa de U$0,14 por litro importado. Tal taxação inviabiliza a exportação de etanol brasileiro para o país.

A nova lei agrícola americana é prova de que se pretende manter a política que favorece os produtores locais através de subsídios e barreiras tarifárias. Em contrapartida, os americanos querem que as tarifas de importação sejam zero para produtos fabricados por eles, que produzam efeitos positivos ao meio ambiente, como equipamentos para energia solar, eólica, etc...

Em uma reportagem do Jornal Estadão, o Itamaraty informava que enquanto os 20 principais produtos da pauta de exportação brasileira aos Estados Unidos são taxados em 23%, os 20 produtos americanos mais importantes, importados por nós, são taxados em apenas 11%.

Isso é preocupante. Os Estados Unidos promoveram abeturas importantes a outros países nos últimos anos, o Chile é um exemplo disso, o que indica que é possível conseguir uma abertura comercial maior, com estatégias de negociação bem direcionadas.

Adriana Torres

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