quinta-feira, 11 de setembro de 2008

É ou não é?


Segundo o Aurélio:

diplomacia
[Do fr. diplomatie.]
Substantivo feminino.
1.Ciência das relações exteriores ou negócios estrangeiros dos Estados.
2.Ciência ou arte das negociações.
3.O corpo dos representantes dos governos estrangeiros junto a um Estado.
4.Circunspeção e gravidade nas maneiras.
5.Delicadeza, finura.
6.Fig. Astúcia ou consumada habilidade com que se trata qualquer negócio.


O Brasil amarga incontáveis prejuízos graças à inabilidade de Celso Amorim em nos representar pelo mundo afora.

Sua atuação na Rodada de Doha foi desastrosa. Ele foi capaz de apostar todas as fichas nessa rodada de negociação e sair de lá com as mãos abanando. Não conseguiu nenhum acordo para os brasileiros.

Representantes do agronegócio já estavam conformados em ter um acordo não tão bom, mas não esperavam que ele fosse sair sem acordo nenhum. Não satisfeito ainda conseguiu que o Brasil fosse visto como traidor, frente aos outros membros do G20.

Ao nos representar ele não deixa de lado o viés ideológico, o que é fundamental para qualquer pessoa que se denomine diplomata.

Isso ficou claro em 2006, quando votou contra Israel no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, mas no ano anterior se recusou em votar contra os líderes genocidas do Sudão, porque queria apoio do país para defender suas causas.

Outro fato vergonhoso foi o Brasil se recusar a reconhecer as Farc Colombianas como organização terrorista, e condenar as intervenções do presidente Álvaro Uribe.

Agora só nos resta saber quais atitudes ele tomará com relação a Bolívia. Será que ele vai considerar os fatos econômicos e garantir nossos direitos, ou passará a mão na cabeça do companheiro Evo Morales e trará mais prejuízos aos brasileiros em nome de teorias ideológicas caducas. Eis a questão... É ou não é um desastre como diplomata?

Adriana Arruda de Moura Torres

3 comentários:

Thales disse...

Dri, nao acho que o nosso diplomata seja ruim como vc esta' dizendo.
Ele defendeu sim os interesses nacionais na rodada de Doha, e muito bem por sinal. Fez um o'timo trabalho e o Brasil saiu de la visto como uma potencia, e nao como um traidor ou perdedor.
Assim como sairam de la India e China, que estavam negociando com EUA, Europa e Japao junto com o nosso pais.
Claro, para a midia ai do Brasil foi uma tragedia. Assim como tudo de bom do Governo. Ate o grau de investimento foi criticado, dizendo que era baixo.
Agora, o que dizem os jornais daqui eh muito diferente. O Brasil eh uma potencia e falam aqui que mais cedo ou mais tarde os paises ricos vao acabar cedendo.

“Eles” não podem comprar nossos produtos agrícolas porque causaria transtorno em seus países com desemprego no campo e perda de votos.
“Nós” não podemos abrir para comprar seus produtos industrializados porque isso irá prejudicar nossa indústria, prejudicar a balança comercial e prejudicar nosso parque industrial, que ficará sem estímulo para se desenvolver.

Quem perde são “eles”. Mais dia, menos dia, terão que morrer com seus dólares para comprar comida e combustível alternativo “nosso”. Pode demorar, mas sabem que terão de fazer isso.

Adriana A.M.Torres disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Adriana A.M.Torres disse...

Oi Thales, é o seguinte, o Brasil não saiu da Rodada de Doha visto como potência. Ele é já era visto como potência principalmente quando une forças com China e India.

Como você mesmo disse os americanos reconhecem e estão atentos a essa questão. Por isso você lê isso na midia por ai.

Isso reforça a minha opinião de que Celso Amorim não se saiu bem nas negociações em Doha. Pois não soube administrar a força e unificar interesses junto com China e India, para conseguir qualquer melhora na questão dos subsídios agrícolas.

Que os países desenvolvidos não vão ceder fácil todos nós sabemos.

Mas então porque o Brasil adotou a estratégia de apostar todos os ovos nesta cesta? E não fez como o Chile, que na paralela estabeleceu acordos comércio bilaterais interessantíssimos e hoje colhe bons frutos.

O Brasil ficou sem nada.

Nossos competidores recebem ajuda financeira para produzir produtos primários para vender mundo afora.

O agronegócio brasileiro além de não ter essa mamata, ainda tem que superar barreiras criadas pelo próprio governo como leis absurdas, falta de crédito,falta de logística, etc.., e mesmo assim, produzimos cada vez mais, graças ao empreendedorismo do agricultor que nunca desiste.

E quando chega a vez do governo trabalhar e abrir novos mercados para escoar essa produção ele não desempenha bem seu papel, e saimos da negociação com exatamente a mesma coisa que tinhamos antes...O q é isso?.É muito triste.

No Brasil recentemente, a lei da informática reduziu os impostos sobre tais produtos, e podemos comprá-los a preços acessíveis, a idústria nacional vai ter que correr atrás para ser competitiva. Muito justo.

Ou seja, nós abrimos o nosso mercado e não conseguimos nada em contrapartida.

Thales, o Celso Amorim é um banana.

De nada adianta ter fama de potência se não soubermos tranformá-la em benefício para os brasileiros.

Adriana